quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Des-sono

Desacordo, desatino e desando a pensar.
De dia, desconcentro
À noite, desdurmo.
Desfaço o laço,
Mas desacostumo.
À noite reescrevo, re-falo, ressalto, repito
De dia desisto, desespero e desembaraço.
À noite revejo, refaço, reitero
De dia resisto, reparo, não quero.
À noite des-mudo, insisto e declaro
O ciclo recomeça de dia, ojerizo, arrependo e me calo.
À noite, tudo vem à tona. Des-sono, desassossego, despreocupação
Prossigo, não mudo, não cresço, não paro e nada, nada me faz des-pensar.

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Sossego

Sempre que vislumbro o sossego, a inquietude perturba em dobro. Alimenta meu silêncio e depois me faz quebrá-lo. Inconstância. Qualquer vestígio de equilíbrio me afasta. Há tempos não degusto a paz. Só quero fechar os olhos e dormir. Mais nada.